As obras que não começam...

Todos tínhamos muitas esperanças no mês de Agosto e no esperado inicio das obras da Estrada Nacional 123. Mas o mês de Agosto chegou e acabou e das obras nem sinal. Todos sabemos da sua necessidade e do perigo que é a circulação nesta via. A estrada apresenta grande grau de degradação, muito em particular no torço que liga a nossa aldeia à vila de Castro Verde. Já protestamos bastante, aliás este é um tema comum da conversa nas ruas, cafés e no nosso poço. As culpas e responsabilidades são atiradas pelas autoridades para cima umas das outras e os principais prejudicados continuam a ser os mesmos. No dia 4 de Setembro tivemos noticia da entrega de um abaixo-assinado ao Governador Civil de Beja, Manuel Monge, e que vai ser enviado ao Ministro das Obras Publicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, aos grupos parlamentares dos partidos políticos com assento na Assembleia da Republica e à empresa Estradas de Portugal. O mentor do abaixo-assinado foi Adelino Coelho, membro da Assembleia Municipal de Castro Verde eleito pelo Bloco de Esquerda, que referiu em entrevista à Lusa que a estrada "está cheia de buracos e com as bermas praticamente destruídas em todo o troço". Devido ao estado de degradação do troço, segundo Adelino Coelho, já se registaram "dezenas" de acidentes na EN123, além de "prejuízos incalculáveis" nas viaturas dos utentes que "se atrevem a circular" naquela estrada. Por sua vez, o Governador Civil de Beja já admitiu os atrasos nas obras na estrada, e já apontou Outubro como o mês decisivo para o início das mesmas. "As obras só não começaram já devido a atrasos no processo de adjudicação e na emissão de autorizações de carácter ambiental necessárias, porque vão ser feitas pequenas correcções ao actual traçado da EN123, que atravessa a Zona de Protecção Especial (ZPE) de Castro Verde e uma área incluída na Rede Natura 2000", justificou Manuel Monge. As esperanças nas tão desejadas obras na estrada, que metem em risco todos os dias quem lá passa, já não são muitas. Afinal há quantos anos ouvimos falar delas? Desafiamos aqui a novas formas de protesto e denuncias por esta situação. É urgente que as obras comecem e que a estrada conquiste a dignidade de ser apelidada de estrada nacional. Num país da União Europeia não se admite que uma estrada com a importância desta esteja nestas condições, colocando em risco de vida as pessoas que dela usufruem. Lembramos ao Estado Português que um dos seus deveres fundamentais é garantir a dignidade da vida humana e a segurança de todos os seus cidadãos… EXIGIMOS RESPOSTAS E SOBRETUDO ACÇÃO!!!