domingo, 27 de janeiro de 2013

Cuidado com as BURLAS...


Pelo Poço Velho passam diariamente muitas pessoas. Geralmente pessoas de bem. No entanto, chegaram-nos notícias que esta semana andaram pelas ruas da nossa aldeia uns desconhecidos, supostamente com o objectivo de burlar a população, sobretudo os mais idosos e vulneráveis. O esquema era simples e conhecido, mas mesmo assim perigoso. Os homens alegavam que as notas que usamos todos os dias iam sair de circulação e por esse motivo teriam que troca-las. Que o Poço Velho saiba, não houve lesados, mas esta situação desperta-nos mais uma vez para um problema que pensamos estar longe da nossa pequena aldeia, mas não está.
Estas situações de burla tornam-se cada vez mais usuais e todos nós temos o dever e sobretudo a obrigação de zelar para que casos destes não façam vitimas. Sempre que vejamos alguém desconhecido e suspeito devemos ficar alertas e se possível chamar ajuda e ficar despertos.
Nunca são demais precauções e precauções. Os idosos devem ser informados e esclarecidos que devem tomar certas atitudes, caso sejam abordados por algum desconhecido.
Sabemos que algumas Juntas de Freguesia e a GNR já andam no terreno com ações de esclarecimento sobre estas situações. Infelizmente, também sabemos que a actual situação financeira do país leva a uma contenção de custos em que as entidades têm de abdicar de gastos, que não sendo supérfluos, também não são prioritários. Assim, cabe a todos nós, cidadãos conscientes e informados esclarecer os mais vulneráveis, com concelhos e ações.
O Poço Velho deixa uma lista de atitudes que devem ser tomadas para prevenir certas situações de burlas.

Em Casa:
- Deixe as portas e janelas fechadas sempre que sai de casa;
- Não abra a porta a desconhecidos, sem ter ninguém por perto, que o possa ajudar em caso de perigo;
- Tenha sempre à mão o número de telefone de alguém, caso precise de ajuda. De um vizinho, familiar ou polícia.


Na Rua:
- Transporte apenas o dinheiro necessário;
- Evite o uso de objetos de valor;
- Evite andar sozinho na rua, sobretudo de noite;
- Não diga onde vai nem quando volta a pessoas desconhecidas;
- Se o tentarem assaltar, não ofereça assistência;
- Se quiserem falar consigo a oferecer qualquer coisa, não caia na conversa. Ninguém dá nada a ninguém;
- Se o abordarem a indicarem que são de alguma entidade oficial (finanças, segurança social, banco), NÃO ACREDITE. ESTAS ENTIDADES NÃO ABORDAM AS PESSOAS NA RUA, TÊM LUGARES PRÓPRIOS DE ATENDIMENTO.

Sempre que se vê alguém suspeito, devem ser alertadas as autoridades. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vamos à Feira do Pau Roxo?



No próximo domingo, dia 20 de Janeiro, realiza-se mais uma Feira do Pau Roxo, em Castro Verde.
Todos nos lembramos desde sempre de visitar esta pequena feira, de tradição medieval.  O nome Pau Roxo provém de uma pequena cenoura, de cor roxa, que é comum nesta altura do ano e muito vendida na dita feira. Esta cenoura era um petisco muito apetecido nas tabernas de todo o concelho, crua às rodelas ou cozida e temperada com vinagre. Mais uma tradição que se foi perdendo…
A feira é também conhecida por Feira de S. Sebastião, em homenagem ao culto do Santo, sendo que o local de realização da mesma não é no largo da feira, mas sim na Rua da pequena capela de S. Sebastião., que neste dia se encontra aberta aos devotos.
A partir das oito da manhã, o caminho da ermida de S. Sebastião enche-se de barracas, cores, sabores e cheiros. Os cheiros do campo, dos frutos, das hortaliças, o pregão dos "tendeiros" a quererem vender as suas mercadorias. Como se aproxima o Carnaval é também comum a venda das brincadeiras típicas da altura, desde as máscaras, até às bombinhas de mau cheiro.
Manda também a tradição que a matança do porco aconteça até este dia.




domingo, 13 de janeiro de 2013

A Santinha


Dos mais velhos aos mais novos… Todos os S. Marquenses conhecem a Santinha, mas poucos a associam a um lugar religioso e de romaria. De facto, este lugar de S. Marcos, quase tão mítico como o nosso Poço Velho, é mais associado a um lugar de encontros, convívios, amizades. No Verão é comum encontrarmos lá gente sentada, a apanhar o fresco da tarde ou a usufruir das noites estreladas alentejanas. No Inverno, sempre que há um olhinho de sol, lá estão também algumas pessoas, nem que seja para ver passar os carros. Um local de encontro de jovens e adultos, que alguns também associam a alguns actos “proibidos” ou não tão bem vistos…
No entanto, a Santinha também tem uma função religiosa. Pretende ser um nicho, onde se encontra uma Santinha, a guardar e a proteger os habitantes  e naturais da nossa aldeia. Como se pode ver nesta fotografia, tirada pela amiga Manuela Palma, é visível que actualmente se encontra lá uma Santinha, a ocupar o seu lugar. Todavia, durante alguns anos, era vulgar que fosse roubada a imagem religiosa. O Poço Velho e todos os seus amigos viam com grande desagrado essa situação. Tal como vêm com alguma pena, mas consideram um mal necessários (visto que continuam a haver pessoas com coragem para levar estas imagens para casa ou para venderem) a mesma estar protegida por uma grade.
E vocês, têm histórias para partilhar sobre a nossa Santinha?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Janeirinha, Janeiró...



Está a aproximar-se mais uma noite de cante às Janeiras. Cantar as Janeiras é uma tradição portuguesa que consiste em cantar musica pela rua ou bater à porta da casa das pessoas e versar anunciando o nascimento de Jesus e simultaneamente desejando um feliz ano novo.

Na nossa aldeia essa tradição ocorre a 5 de Janeiro, véspera de Dia de Reis. Nesta noite, muitas crianças partem pelas ruas da aldeia tentando amealhar alguns doces, frutas e sobretudo euros. Nos últimos anos também as Atabuas fizeram renascer esta tradição, percorrendo as mesmas ruas a cantar. O Poço Velho não sabe se este ano irá acontecer, mas espera sinceramente que esta tradição não se perca.



No facebook lançamos o seguinte desafio:

“Janeirinha Janeiró, venha o Prato da Filhó…

… esta é uma das muitas lengalengas que é usual utilizar no cante das Janeiras, tradição que na nossa terra há muito que só vinha a ser mantida pelas crianças, que mais por gulodice do que por tradição percorriam as ruas da aldeia em busca de uns rebuçados ou de uns euros a mais no mealheiro com as frases em rima que os pais ou os avós lhes ensinavam. Até havia algumas bem engraçadas, que jogavam com o nome das pessoas… Lembram-se??? Puxem por essa memória e digam-nos…”



E alguns S. Marquenses responderam ao desafio.



A amiga Eduarda Pedro ensinou-nos um verso que aprendeu com o pai, para cantar à mãe quando esta chegasse da casa do Sr. Drago: “Uma carradinha, duas carradinhas de areia, viva a ti Lucinda, que já veio com a ceia…”



A amiga Manuela Palma ensinou-nos uma que cantava quando não davam nada: “Com um vestido de seda roxa, quando vai prá igreja, parece uma cabra coxa.”



A amiga Manuela Tomé ensinou-nos algumas: “AINDA AGORA AQUI CHEGUEI, JÁ PUS O PÉ NA ESCADA, LOGO O MEU CORAÇÃO DISSE, QUE AQUI MORA GENTE HONRADA.” e “Ó QUE ESTRELA TÃO BRILHANTE,QUE VEM DOS LADOS DO NORTE,Á FAMILIA DESTA CASA, Ó DEUS LHE DEI UMA BOA SORTE.”



A amiga Dores Bailão Maria ensinou-nos mais duas dedicadas à Sr. Ana e ao Sr.. Raul: “Uma fita duas fitas, mas que linda fita azul, viva a senhora D. Ana e também o Sr Raul” e outra dedicada à Sra Maria Helena e Sr João: “Um raminho dois raminhos, dois raminhos de hortelã, viva a sra Maria e Helena e mais o Sr joao.”



O amigo Victor Domingos dedicou uma à família dos Balhões: “Un canhão, dois canhões, viva as janeras e a familia dos balhões”



E por fim o amigo João Tomé dedicou-nos uma rima: “Ò poço velho, poço velho, poço velho à maneira ,vivam todos de S. marcos de Atabueira”.



Se souberem mais… Cantem!