sábado, 20 de abril de 2013

Festas de S. Marcos

Amigos, estão a aproximar-se as festas tradicionais da nossa aldeia, que curiosamente e apenas coincidentemente calham no dia 25 de Abril. 
As festas da nossa aldeia são em honra do seu padroeiro, S. Marcos, cujo dia é o 25 de Abril. Já antes desta data emblemática eram festejadas, mas desde 1974 associa-se a comemoração da liberdade. Assim, são também conhecidas como o "25 de Abril". 
O Poço Velho pensa que se devem comemorar as duas datas com o mesmo empenho, alegria, generosidade e amizade.  

Aqui fica o programa das festas:


24 de Abril - Quarta-Feira
22:00h-Baile com Rúben Baião e Fábio Lagarto
01:00h-Actuação de José Malhoa. 

25 de Abril - Quinta-Feira
08:30h-Alvorada 
09:00h-Matança do Porco 
10:30h-Torneio de malha (inserido nos jogos concelhios)
14:30h-Missa
15:00h-Procissão acompanhada pela Banda Filarmónica 1º de Janeiro
16:00h-Animação com o grupo coral feminino "As Atabuas" e o grupo instrumental "Kapatazes" 
16:30h-Festival Taurino a favor dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde
17:00h-Matine com Grupo Ritmo Jovem


Boas Festas! Bom 25 de Abril!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Sábado da Aleluia 2013


Amigos, amanhã é mais um dia importante para a nossa terra. É o sábado da Aleluia. Todos os S. Marquenses dão valor e importância a este dia, uma tradição de todos e para todos.
Como sabem, é tradicional que homens, mulheres e crianças se juntem e vão chocalhar pelas ruas da freguesia, anunciando a ressurreição de Jesus Cristo. Este percurso termina na igreja da nossa terra.
O sábado da Aleluia comemora-se no dia antes da Páscoa e é o último dia da Semana Santa. Em jeito de curiosidade Aleluia significa “Louvem Deus Javé”. Javé é uma abreviatura de Deus.
Há muitos anos que em S. Marcos se comemora esta tradição, que o Poço Velho não sabe se é única no país ou se em outras terras há também este hábito. Se alguém souber, pode partilhar.
A todos os amigos que se juntam com os seus chocalhos e que cumprem esta bonita tradição, o Poço Velho só tem a agradecer. Um grande bem-haja a todos e um muito obrigado por continuarem a seguir e respeitar as tradições da nossa aldeia.
O Poço Velho também quer deixar claro que não vai tecer qualquer comentário sobre a polémica que está instalada sobre ir tocar a Aleluia a Entradas. O blog e o facebook é um espaço de partilha aberta, como tal podem deixar as vossas opiniões, sempre com base no respeito e educação. 

terça-feira, 19 de março de 2013

António Gonçalves Correia, um homem da terra


Entre o dia 15 de Março e o dia 2 de Abril, a Junta de Freguesia de S. Marcos da Ataboeira recebe a exposição “António Gonçalves Correia, a utopia de um cidadão”.
Como o próprio nome indica a exposição pretende homenagear este filho da terra e é da responsabilidade da Biblioteca Municipal de Beja.
Uma excelente oportunidade para  conhecer a vida e a obra de um notável S.marquense, “o homem e as ideias que convictamente defendeu, destacando a aplicação prática das suas ideias. […] Defendeu sempre o ideal de uma sociedade mais justa, de igualdade para todos […]” esclarece a Biblioteca.
António Gonçalves Correia foi um homem de paixões e ideais “a felicidade de todos era possível na sociedade futura, e por isso, afirmava que devia seguir a sua namorada, a Revolução do Amor.”
Em 1967 o mundo viu partir este grande homem, que “foi enterrado com a barba e o cabelo compridos, em virtude de não ter cumprido o seu ideal de conseguir viver em liberdade, pois costumava dizer à família e amigos que só cortaria a barba e o cabelo se vivesse em liberdade”
Foi a família que escolheu o título da exposição e numa altura em que a Revolução da Liberdade está quase a cumprir 48 anos, importa lembrar quem lutou por ela e homenagear todos os que a ansiavam e a saudam e mais importante ainda que a fizeram.
S. Marcos não esquece o seu notável filho e o povo da nossa terra lembra-o com saudade e honra.

sábado, 9 de março de 2013

Pratos típicos de S. Marcos...


Há alguns dias lançamos um desafio na página de facebook do nosso Poço Velho: Que pratos são típicos da nossa aldeia? Os de peixe, carne e doces?
Alguns amigos responderam-nos e desde já agradecemos essa atenção.
O amigo Miguel Paulino alertou-nos para o facto dos pratos que associamos à nossa aldeia foram pratos implementados e não criados lá. De facto, a nossa cozinha corresponde à cozinha tradicional do Baixo Alentejo. O nosso amigo Miguel destaca a caldeirada de rã, de achigã, as sopas de tomate e as sopas de azeite com bacalhau.
O amigo José Venes destacou o cozido de grãos, considerando que é do melhor que há em todo o mundo. Sem dúvida…
A amiga Lordes Fino lembrou-nos um prato típico de peixe, tão comum em muitas cozinhas da nossa terra, a caldeirada de peixe do rio.
A amiga Bárbara Tomé destacou-nos um dos pratos mais típicos da nossa aldeia nesta altura do ano, o feijão branco com atubras.
Em todos os pratos que os nossos amigos referiram e que associamos à tradição de S. Marcos da Ataboeira um dos ingredientes mais presentes é sem dúvida o pão. O pão alentejano faz parte da tradição da nossa aldeia, quer para acompanhar as refeições, quer como ingrediente indispensável na nossa cozinha. E S. Marcos tem um pão delicioso… Curioso que ninguém referiu a nossa bela açorda e as nossa saborosas migas, mas que também são típicas e deliciosas…

E quanto a doces? Que doces são comuns na nossa terra?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Os Tapetes de Arraiolos. Uma tradição perdida?



Uma das actividades artesanais mais tradicionais da nossa aldeia são os tapetes de arraiolos. Ou devemos dizer eram?
Até há uns anos quase todas as mulheres da nossa aldeia se dedicavam a esta atividade como forma de ganhar algum dinheiro. Recebiam encomendas e lançavam-se à obra que podia durar algumas semanas como alguns meses, dependendo do tamanho e complexidade da obra. Agora as encomendas diminuíram drasticamente…
Os tapetes de arraiolos são tapetes bordados em  lã, com um ponto com o mesmo nome, sobre uma tela de serapilheira, característicos da vilã alentejana de Arraiolos (daí o nome), mas também uma das tradições de S. Marcos da Ataboeira. Os tapetes de Arraiolos são muito consistentes e resistentes e permite reproduzir todos os desenhos geométricos e artísticos. São vários os tipos de decoração dos mesmos, desde figuras geométricas, animais, flores,… Umas verdadeiras obras de arte.
O ponto de Arraiolos é um ponto cruzado oblíquo, composto por duas meias cruzes, uma das quais tem o dobro do comprimento da outra. Geralmente executa-se em três fases: Bordar a armação, fazer a matização; preencher os fundos.


O Poço Velho apresenta aqui alguns exemplares, retirados da internet. No entanto, podem e devem partilhar, se tiverem, imagens de tapetes feitos pelas mulheres bordadeiras da nossa aldeia. Se tiverem, também podem partilhar imagens das mulheres a executarem os seus trabalhos. Há uns anos atrás era comum juntarem-se em casa umas das outras, ou em espaços próprios para se ajudarem a elaborar os trabalhos. Contem-nos histórias desses tempos e não deixem morrer uma das mais belas tradições da nossa aldeia. 





terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pelos campos fora, à procura de Atubras...


Com o aproximar da Primavera e depois das primeiras chuvadas do ano, começa a saga de muitos 
S. Marquenses.  A procura de atubras (ou tubras) já faz parte da tradição da nossa terra e a sua confecção é já uma especialidade gastronómica local.
Para quem não sabe atubras são fungos que crescem silenciosamente junto às raízes de algumas árvores e para muitos têm o mesmo aroma, sabor e textura das inconfundíveis e caras trufas. Variam de tamanho, mas de facto, o seu sabor é único e inconfundível.
Depois de devidamente arranjadas e lavadas, podem ser preparadas de várias formas. Com ovos mexidos ou feijão branco são os pratos mais apetecidos e conhecidos. Se quiserem, podem partilhar com os amigos do Poço Velho outras receitas igualmente saborosas.
Na nossa aldeia há especialistas dedicados e profundos conhecedores de locais onde abundam as saborosas atubras. Inclusive, fazem disso segredo para evitar a concorrência.
O Poço Velho aproveita para desejar boa apanha e para incentivar aos passeios pelos belíssimos campos alentejanos, onde se pode respirar um ar único, aromas excepcionais e ainda apanhar umas belas atubras que abrem o apetite a qualquer um.
Atubras, limpas e arranjadas. Fotografia retirada do perfil do amigo Francisco Matos Brito.

Atubras. Fotografia retirada do perfil do amigo de Francisco Matos Brito.

Atubras da Serra dos Grifos. Fotografia cedida pela amiga Manuela Palma.

Atubras. Fotografia retirada do perfil do amigo Francisco Matos Brito.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

É Carnaval...


Estamos numa época festiva e alegre por natureza. Uma época em que aproveitamos para esquecer tristezas, crises e afins… Podemos aproveitar para sermos quem sempre sonhamos, vestirmo-nos de flores, ovelhas, chocolates, enfim… O que nos passar pela cabeça. Afinal, é Carnaval e ninguém leva a mal.
Estamos, igualmente, na época das partidas. E na nossa aldeia, as partidas carnavalescas são tradição… Há muitos que se irritam, outros que se divertem… O Poço Velho dá um conselho. Divirtam-se. Os tempos estão “escuros” e o sol do Carnaval pode aquecer-nos o coração e dar origens a sorrisos e boa disposição.
E vocês? Que partidas recordam? Que partidas fizeram? De que partidas foram vitimas? O Poço Velho já assistiu a tantas… Contem-nos!!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Cuidado com as BURLAS...


Pelo Poço Velho passam diariamente muitas pessoas. Geralmente pessoas de bem. No entanto, chegaram-nos notícias que esta semana andaram pelas ruas da nossa aldeia uns desconhecidos, supostamente com o objectivo de burlar a população, sobretudo os mais idosos e vulneráveis. O esquema era simples e conhecido, mas mesmo assim perigoso. Os homens alegavam que as notas que usamos todos os dias iam sair de circulação e por esse motivo teriam que troca-las. Que o Poço Velho saiba, não houve lesados, mas esta situação desperta-nos mais uma vez para um problema que pensamos estar longe da nossa pequena aldeia, mas não está.
Estas situações de burla tornam-se cada vez mais usuais e todos nós temos o dever e sobretudo a obrigação de zelar para que casos destes não façam vitimas. Sempre que vejamos alguém desconhecido e suspeito devemos ficar alertas e se possível chamar ajuda e ficar despertos.
Nunca são demais precauções e precauções. Os idosos devem ser informados e esclarecidos que devem tomar certas atitudes, caso sejam abordados por algum desconhecido.
Sabemos que algumas Juntas de Freguesia e a GNR já andam no terreno com ações de esclarecimento sobre estas situações. Infelizmente, também sabemos que a actual situação financeira do país leva a uma contenção de custos em que as entidades têm de abdicar de gastos, que não sendo supérfluos, também não são prioritários. Assim, cabe a todos nós, cidadãos conscientes e informados esclarecer os mais vulneráveis, com concelhos e ações.
O Poço Velho deixa uma lista de atitudes que devem ser tomadas para prevenir certas situações de burlas.

Em Casa:
- Deixe as portas e janelas fechadas sempre que sai de casa;
- Não abra a porta a desconhecidos, sem ter ninguém por perto, que o possa ajudar em caso de perigo;
- Tenha sempre à mão o número de telefone de alguém, caso precise de ajuda. De um vizinho, familiar ou polícia.


Na Rua:
- Transporte apenas o dinheiro necessário;
- Evite o uso de objetos de valor;
- Evite andar sozinho na rua, sobretudo de noite;
- Não diga onde vai nem quando volta a pessoas desconhecidas;
- Se o tentarem assaltar, não ofereça assistência;
- Se quiserem falar consigo a oferecer qualquer coisa, não caia na conversa. Ninguém dá nada a ninguém;
- Se o abordarem a indicarem que são de alguma entidade oficial (finanças, segurança social, banco), NÃO ACREDITE. ESTAS ENTIDADES NÃO ABORDAM AS PESSOAS NA RUA, TÊM LUGARES PRÓPRIOS DE ATENDIMENTO.

Sempre que se vê alguém suspeito, devem ser alertadas as autoridades. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vamos à Feira do Pau Roxo?



No próximo domingo, dia 20 de Janeiro, realiza-se mais uma Feira do Pau Roxo, em Castro Verde.
Todos nos lembramos desde sempre de visitar esta pequena feira, de tradição medieval.  O nome Pau Roxo provém de uma pequena cenoura, de cor roxa, que é comum nesta altura do ano e muito vendida na dita feira. Esta cenoura era um petisco muito apetecido nas tabernas de todo o concelho, crua às rodelas ou cozida e temperada com vinagre. Mais uma tradição que se foi perdendo…
A feira é também conhecida por Feira de S. Sebastião, em homenagem ao culto do Santo, sendo que o local de realização da mesma não é no largo da feira, mas sim na Rua da pequena capela de S. Sebastião., que neste dia se encontra aberta aos devotos.
A partir das oito da manhã, o caminho da ermida de S. Sebastião enche-se de barracas, cores, sabores e cheiros. Os cheiros do campo, dos frutos, das hortaliças, o pregão dos "tendeiros" a quererem vender as suas mercadorias. Como se aproxima o Carnaval é também comum a venda das brincadeiras típicas da altura, desde as máscaras, até às bombinhas de mau cheiro.
Manda também a tradição que a matança do porco aconteça até este dia.




domingo, 13 de janeiro de 2013

A Santinha


Dos mais velhos aos mais novos… Todos os S. Marquenses conhecem a Santinha, mas poucos a associam a um lugar religioso e de romaria. De facto, este lugar de S. Marcos, quase tão mítico como o nosso Poço Velho, é mais associado a um lugar de encontros, convívios, amizades. No Verão é comum encontrarmos lá gente sentada, a apanhar o fresco da tarde ou a usufruir das noites estreladas alentejanas. No Inverno, sempre que há um olhinho de sol, lá estão também algumas pessoas, nem que seja para ver passar os carros. Um local de encontro de jovens e adultos, que alguns também associam a alguns actos “proibidos” ou não tão bem vistos…
No entanto, a Santinha também tem uma função religiosa. Pretende ser um nicho, onde se encontra uma Santinha, a guardar e a proteger os habitantes  e naturais da nossa aldeia. Como se pode ver nesta fotografia, tirada pela amiga Manuela Palma, é visível que actualmente se encontra lá uma Santinha, a ocupar o seu lugar. Todavia, durante alguns anos, era vulgar que fosse roubada a imagem religiosa. O Poço Velho e todos os seus amigos viam com grande desagrado essa situação. Tal como vêm com alguma pena, mas consideram um mal necessários (visto que continuam a haver pessoas com coragem para levar estas imagens para casa ou para venderem) a mesma estar protegida por uma grade.
E vocês, têm histórias para partilhar sobre a nossa Santinha?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Janeirinha, Janeiró...



Está a aproximar-se mais uma noite de cante às Janeiras. Cantar as Janeiras é uma tradição portuguesa que consiste em cantar musica pela rua ou bater à porta da casa das pessoas e versar anunciando o nascimento de Jesus e simultaneamente desejando um feliz ano novo.

Na nossa aldeia essa tradição ocorre a 5 de Janeiro, véspera de Dia de Reis. Nesta noite, muitas crianças partem pelas ruas da aldeia tentando amealhar alguns doces, frutas e sobretudo euros. Nos últimos anos também as Atabuas fizeram renascer esta tradição, percorrendo as mesmas ruas a cantar. O Poço Velho não sabe se este ano irá acontecer, mas espera sinceramente que esta tradição não se perca.



No facebook lançamos o seguinte desafio:

“Janeirinha Janeiró, venha o Prato da Filhó…

… esta é uma das muitas lengalengas que é usual utilizar no cante das Janeiras, tradição que na nossa terra há muito que só vinha a ser mantida pelas crianças, que mais por gulodice do que por tradição percorriam as ruas da aldeia em busca de uns rebuçados ou de uns euros a mais no mealheiro com as frases em rima que os pais ou os avós lhes ensinavam. Até havia algumas bem engraçadas, que jogavam com o nome das pessoas… Lembram-se??? Puxem por essa memória e digam-nos…”



E alguns S. Marquenses responderam ao desafio.



A amiga Eduarda Pedro ensinou-nos um verso que aprendeu com o pai, para cantar à mãe quando esta chegasse da casa do Sr. Drago: “Uma carradinha, duas carradinhas de areia, viva a ti Lucinda, que já veio com a ceia…”



A amiga Manuela Palma ensinou-nos uma que cantava quando não davam nada: “Com um vestido de seda roxa, quando vai prá igreja, parece uma cabra coxa.”



A amiga Manuela Tomé ensinou-nos algumas: “AINDA AGORA AQUI CHEGUEI, JÁ PUS O PÉ NA ESCADA, LOGO O MEU CORAÇÃO DISSE, QUE AQUI MORA GENTE HONRADA.” e “Ó QUE ESTRELA TÃO BRILHANTE,QUE VEM DOS LADOS DO NORTE,Á FAMILIA DESTA CASA, Ó DEUS LHE DEI UMA BOA SORTE.”



A amiga Dores Bailão Maria ensinou-nos mais duas dedicadas à Sr. Ana e ao Sr.. Raul: “Uma fita duas fitas, mas que linda fita azul, viva a senhora D. Ana e também o Sr Raul” e outra dedicada à Sra Maria Helena e Sr João: “Um raminho dois raminhos, dois raminhos de hortelã, viva a sra Maria e Helena e mais o Sr joao.”



O amigo Victor Domingos dedicou uma à família dos Balhões: “Un canhão, dois canhões, viva as janeras e a familia dos balhões”



E por fim o amigo João Tomé dedicou-nos uma rima: “Ò poço velho, poço velho, poço velho à maneira ,vivam todos de S. marcos de Atabueira”.



Se souberem mais… Cantem!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Poço Velho, a Moça da Bilha e o Velho do Poço desejam a todos os seus amigos um FELIZ ANO NOVO!

sábado, 29 de dezembro de 2012

S. Marcos da Ataboeira


S. Marcos da Ataboeira
Adorada terra minha
És aldeia prazenteira
Muito airosa e caiadinha
Por isso tu és rainha
Nesta região trigueira
Adorada terra minha
S. Marcos da Ataboeira




A fotografia aérea foi tirada pelo amigo António Tomé. As outras três são da autoria da amiga Manuela Palma. Agradecemos aos dois.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

O Poço Velho, a Moça da Bilha e o Velho do Poço desejam a todos os S. Marquenses e amigos, um Santo e Feliz Natal. Que seja uma época de paz, amor e amizade.

domingo, 16 de dezembro de 2012

O Aguadeiro...


Há dias recebemos esta fotografia através do facebook, enviada pelo amigo Francisco Matos Brito. Rapidamente alguns amigos do Poço Velho identificaram o senhor como sendo o aguadeiro da casa Drago, o Tio Domingos.
Mas afinal o que era um aguadeiro? Uma profissão antiga que desapareceu com o evoluir dos tempos. Um aguadeiro era uma pessoa que distribuía água pelas casas ou a vendia nas ruas.  O transporte dessa água era feito, geralmente, através de um carro puxado por animais, tal como o do Tio Domingos.
Esta era uma prática muito usual nas grandes casas, que empregavam muita gente e onde viviam muitas pessoas e por isso a necessidade de água era muita. Claro que na altura o sistema de canalização de água, que nos leva esse bem precioso até às nossas habitações sem necessitar do seu transporte, não existia ou se existia era privilégio apenas de uma minoria. Sendo assim, estes homens existiam para fazer esse transporte.
O Poço Velho sabe pouco sobre o Tio Domingos. Se algum amigo tiver mais informações, agradecemos que as dê. No entanto, sabemos que  essa água chegava à casa Drago e na altura em que a dureza dos trabalhos dos campos exigiam muita mão-de-obra, era com ela que eram feitas as belas açordas, com o fio de azeite e a água quente, que aqueciam o estômago.
Esta é uma profissão que com o tempo desapareceu, tal como a agitação dessas grandes casas, tal como tantas outras profissões que eram indispensáveis para a agricultura e economia do país e que com a evolução dos tempos e as inovações desapareceram e que para alguns são apenas memórias e representam saudades ou simplesmente nostalgia. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Paisagens...

Temos recebido na página de facebook do nosso Poço Velho (http://www.facebook.com/poco.velho1) fotografias maravilhosas enviadas por amigos. Umas retratam rostos familiares, outras ruas da nossa aldeia e outras paisagens das redondezas. Hoje publicamos algumas fotografias de paisagens, visões únicas do nosso Alentejo. Quem por ele está e passa todos os dias não pode deixar de ficar maravilhado com pormenores únicos de cores. Quem está longe, certamente vai recordar momentos e histórias, sentir saudades e recordar cheiros (o ar puro, o cheiro de terra e água, o odor das flores e ervas), sabores e momentos. Obrigada a todos os que continuam a seguir-nos e a enviar fotografias e comentários, que nos aproximam e fazem de nós um grupo de amigos, uma família… 

A ribeira de Maria Delgada. Páscoa de 2011. Fotografia de José Venes.

Barragem de Monte do Laranjo. Abril de 2010. Fotografia de José Venes.

Vista do alto da Nossa Senhora de Aracelis. Uma fotografia de José Venes.

Em direcção ao Monte dos Estoris. Setembro de 2011. Fotografia de José Venes.

Estrada do Salto, no alto da Serra dos Grifos. Fotografia de José  Venes.

Tojos e rosmaninho, na estrada para o Monte do Laranjo. 24 de Abril de 2010. Fotografia de José Venes.
Azinheira, perto de Albernoa. Abril de 2010. Fotografia de José Venes.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Antigamente...


Esta é uma fotografia que nos chegou através do nosso amigo Francisco Matos Brito (um grande muito obrigado). Uma fotografia antiga, não sabemos precisar a data, da rua da nossa Igreja. Uma fotografia que para muitos representará memórias doces, memórias infantis, felizes e para outros um sentimento tão complexo como português, SAUDADE! Muitos pisaram esta rua, viveram naquelas casas, naquele espaço, correram, brincaram… foram felizes. Outros conheceram aquele poço, outro poço de que hoje não há qualquer registo, beberam das suas águas, tradições e memórias.  Aquelas casas em mau estado deram, no presente, lugar a novas habitações. Aquela rua com piso deficiente deu lugar a uma calçada, típica. Mas aquela Igreja, a dominar a paisagem, já a querer impor-se na sua magnitude, continua igual. À sua frente, outro monumento desaparecido, uma cruz.
Amigos, esta é uma homenagem às gentes da nossa terra, a todos os que pisaram e continuam a pisar aquele chão. A todos os que olham para esta fotografia e ficam com lágrimas nos olhos e com uma aperto, ainda que bom, no peito. Esta é uma homenagem às gentes de antigamente e a todos nós.
Quem tem histórias ou estórias deste tempo, desta rua pode e deve partilhá-las. Todos nós queremos vivenciar memórias e conhecer coisas que nos transportam para lugares que partilhamos, nem que seja só no nosso coração.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Novos tempos…


Há aproximadamente dois anos que o Poço Velho não dava notícias. Muitas coisas se passaram neste espaço de tempo. Umas boas, outras menos boas, outras más…
No entanto, não pudemos deixar de referir uma belíssima novidade a que o Poço Velho assistiu e que muito feliz ficou por isso. Finalmente, conseguimos ir a Entradas através de uma estrada, que não está alcatroada, mas sem dúvida nenhuma que está arranjada. O Poço Velho congratula-se por isso, tal como todas as pessoas que dela beneficiam.
Neste Alentejo profundo, que tantas vezes os governantes centrais teimam em esquecer ou ignorar, as ligações viárias dificultam muitas vezes deslocações, principalmente no Inverno. Por isso, é com muito agrado que todos vêm esta obra, que aproxima pessoas e localidade e muitos benefícios traz. Esperemos que com os anos, esta seja apenas mais uma obra de benefício das populações locais, que tantas vezes são esquecidas. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Grupo coral infantil de S. Marcos, década de 70

Zé João, Barão, Alfredo, Luis Barão, Prof. Sampaio, Diogo, Carlos Cleto, Chico Barão e Chico Bailão (Teatro Monumental, 2/5/1970
Amigos, aqui está a resposta lançada ao desafio proposto pelo amigo Francisco Matos Brito. O grupo coral infantil foi criado pelo célebre professor Sampaio e mostrou-se na RTP, no programa Curte Circuito. Saíram também nas páginas de uma revista que aqui reproduzimos. Obrigada a todos os que contribuíram para que esta publicação fosse possível.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Grupo coral infantil de S. Marcos, década de 70

Uma sugestão do amigo Francisco Matos Brito, chegada por mensagem, via facebook. Passo a citar: "Mais uma ideia: no principio da década de 70 existiu em s. marcos um grupo coral de crianças da escola primaria. Esse grupo criado pelo prof. Sampaio foi cantar à RTP, talvez em 1970/71, dando também origem a um artigo numa revista com foto do grupo. Ainda devem existir revistas dessas em S. marcos porque recordo-me que todos os alunos ficaram com a sua. Vamos lá fotografar a foto do grupo e mandar para o Poço Velho".
O Poço Velho aproveita para reforçar o pedido e também para quem quiser, enviar mais informações sobre o mesmo. É tão bom recordar, ensinar aos mais novos aquilo que se fez de tão bom na aldeia, rever amigos e partilhar momentos... O mail é pocovelho@gmail.com

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Histórias felizes partilhadas em redor de um bom lume…


Nestes dias em que o frio se torna mais rígido, vemos na nossa aldeia muitas chaminés a afumar. É sinal que em casa há um bom lume, onde certamente toda a família e alguns amigos se encontram em redor, partilhando histórias presentes ou de tempos passados. Esta é uma bela tradição alentejana, o encontro e a divisão de conhecimentos em redor de uma lareira. Nalgumas casas mais tradicionais ainda sabe melhor o cozido que está na panela de ferro ou de barro, aproveitando o calor natural para dar mais gosto a esses pitéus. Quem não se lembra dessas típicas panelas, que vão sendo cada vez mais raras, mas que nos devolvem o gosto das memórias e da tradição. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

António Gonçalves Correia, um ilustre S. Marquense…


António Gonçalves Correia foi um grande vulto cultural e social do século XX. Foi anarquista, ensaísta, poeta e humanista português.
Nasceu a 3 de Agosto de 1886 na nossa linda aldeia. Daí a sua ligação à nossa terra, onde deixou alguns familiares e amigos. Viveu grande parte da sua vida na cidade de Beja.
Foi  Caixeiro-Viajante de profissão, mas foi a sua oposição ao regime de Salazar que o tornou célebre. Foi preso diversas vezes pela PIDE, que nos  seus registos o tinha descrito como “Vive em Beja. É um comunista perigoso, sendo considerado em todo o Alentejo, como organizador e orientador de todos os movimentos de caracter social. “
Ao nível cultural, destacamos que foi fundador da Comuna da Luz (primeira comunidade anarquista em Portugal), dirigente da Comuna Clarão, colaborou em jornais como A Batalha, A Aurora e O Rebelde. Em 1916, em Cuba, fundou o seminário A Questão Social. Em 1917 publicou Estreia de um Crente e publicou ainda, mais tarde, A Felicidade de todos os Seres na Sociedade Futura.
Faleceu em Lisboa a 20 de Dezembro de 1967, com 81 anos de idade.
A nossa aldeia presta-lhe homenagem nas lembranças e memórias de muita gente, mas também ao dar-lhe o seu nome a uma das ruas da aldeia.
Para quem tiver curiosidade, há um blog dedicado à sua actividade cultural e social, escrito por um trisneto (http://antoniogoncalvescorreia.blogspot.pt/) e uma página de facebook dedicada ao mesmo tema (http://www.facebook.com/pages/Ant%C3%B3nio-Gon%C3%A7alves-Correia/448924768470537







Amigos, caso queiram fazer uma homenagem a outros habitantes da nossa terra (vivos ou já falecidos) basta enviarem uma fotografia e/ou um pequeno texto sobre o mesmo, nós publicamos no blog. O e-mail é o mesmo de sempre pocovelho@gmail.com

domingo, 18 de novembro de 2012

Caros amigos...

E quem é este senhor? E o que está a fazer no nosso blog? Aceitam-se respostas...

domingo, 11 de novembro de 2012

Os Benjamins de S. Marcos…


Amigos, o Futebol Clube de S. Marcos tem este ano uma nova equipa. Uma equipa de “Benjamins”, com crianças (meninos e meninas) da terra e arredores.
É com grande entusiamo e amor que estes meninos e meninas se dedicam, quer nos treinos, quer nos jogos. O Poço Velho, saúda-os e deseja-lhes a maior das sortes.
Até agora registam duas vitórias por números bem expressivos…
Caso queiram enviar informação ou fotografias dos nossos pequenos, já sabem que o nosso mail (pocovelho@gmail.com) está sempre disponível.